30.9.04

Até seu FILHO sabe o nome DAquele político que suja as ruas na disPUTA eleitoral.

26.9.04

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Artigo 1º - Todos os brasileiros são iguais perante a lei, exceto:

a - Os componentes do poder judiciário, por serem os pilares da democracia;

b - Os políticos, por terem imunidade parlamentar;

c - Os militares, por serem responsáveis pela segurança da nação;

d - as pessoas jurídicas, por serem o sustentáculo financeiro do país, oferecendo emprego e produzindo os bens e serviços necessários à sobrevivência do povo;

e - os banqueiros, porque são banqueiros;

f - os donos de rádio, TV e jornais, que colaboram diariamente para o fiel cumprimento desta lei, omitindo fatos que poderiam levar o resto do povo à revolta;

g - aqueles que forem julgados "especiais" pela Suprema Corte do Pais, pelos motivos que eles considerarem justo.

Artigo 2º - Caberá aos brasileiros, salvo as exceções previstas no artigo anterior:

a - pagar seus impostos federais, estaduais e municipais, sob pena de prisão;

b - obedecer as leis, leis estas elaboradas e aprovadas pelas pessoas inclusas no artigo 1º;

c - agradecer, toda manhã, o pão de cada dia, a escola pública "de graça", o atendimento hospitalar fornecido pelo poder público, o transporte público, a água e a luz, desde que não se atrase os respectivos pagamentos, sendo que o uso de telefone fica transferido para a iniciativa privada, devendo a mesma estipular os seus regulamentos;

d - Não se sentir ofendido quando um ministro do Supremo Tribunal Federal for à TV dizer ao povo, que vive com um salário mínimo de R$180,00, que o salário dos magistrados, que hoje ultrapassa os R$ 13.000,00 é insuficiente para sua subsistência, requerendo um abono de 20 salários mínimos a título de ajuda de moradia, moradia esta que, por sinal, ele já tem.

Revoga-se a lei natural da REVOLTA E DA INDIGNAÇÃO, objetivando manter as categorias previstas no artigo 1º eternamente como os supremo mandatários do país.

ESTA LEI ENTRA EM VIGÊNCIA NA DATA DE SUA PUBLICAÇÃO, E TEM VALIDADE ATÉ QUE O POVO, NÃO INCLUSO NO ARTIGO 1º, ABRA OS OLHOS E VEJA COMO FUNCIONA TODA A ENGRENAGEM.

Viva o BRASIL!
Esse é o Arnaldo Jabor...

DUAS VIDAS
Arnaldo Jabor

Será que a opinião pública está tão interessada assim na visão que Narcisa Tamborindeguy ou Adriane Galisteu têm da vida? A julgar pelo espaço que a mídia dedica a esse tipo de formador de opinião, o Brasil virou um imenso Castelo de Caras. Adriane Galisteu, após o seu casamento relâmpago, falou às páginas amarelas de Veja e deu aula magna de insensibilidade, egoísmo e sinceridade! Estranha mistura, mas a moça tem razão quando se diz sincera. Ela não engana, revela-se de corpo (e que corpo!) inteiro, e o retrato que aparece é assustador!

Adriane teve uma infância atribulada, perdeu o pai aos 15 anos, ainda pobre, e um irmão com AIDS quando já não era tão pobre. "Eu não tinha um tostão, não tinha dinheiro para comprar um pastel. Meu irmão estava doente. Minha mãe ganhava 190 reais do INSS, meu pai já tinha morrido. Eu sustentava todo o mundo e não tinha poupança alguma."

Peço licença a Adriane, mas vou falar de outra infância triste de mulher, a de Rosa Célia Barbosa. Seu perfil - admirável - surgiu em reportagem recente da Vejinha sobre os melhores médicos do Rio. Alagoana, pequena, 1m50cm, começou a sua odisséia aos sete anos, largada num orfanato em Botafogo. Rosa chorou durante meses. "Toda a mulher de saia eu achava que era a minha mãe que vinha me buscar, depois de um tempo desisti..."

Voltemos a Adriane. Ela é rica, bem sucedida, e "nem na metade da escada ainda". A escada, boa imagem para alguém que - como uma Scarlet O'Hara de tempos neoliberais - resolveu que nunca mais vai passar fome. Até aí, tudo bem; mas é desconcertante ver como o sofrimento pode levar à total insensibilidade.

Pergunta a repórter a Adriane se ela faria algo para o bem do outro: "Para o bem do outro? Não, só faço pelo meu bem. Essa coisa de dar sem cobrar,dar sem pedir não existe. Depois, você acaba jogando isso na cara do outro." " Você nunca cede então?" "Cedo, claro que cedo. Já cedi em coisas que não afetam a minha vida. Ele gosta de dormir em lençol de linho e eu gosto de dormir em lençol de seda. Aí dá pra ceder..."

Rosa Célia fez vestibular de medicina, morava de favor num quartinho e trabalhava para manter-se. Formou-se e resolveu dedicar-se à cardiologia neonatal e infantil, quando trabalhava no Hospita da Lagoa. Sem saber inglês, meteu na cabeça que teria que estudar no National Heart Hospital, em Londres, com Jane Sommerville, a maior especialista mundial na área. Estudou inglês e conseguiu uma bolsa e uma carta da Dra. Sommerville. Em Londres era gozada pelos colegas ingleses por causa de seu inglês jeca. Ganhou o respeito geral quando acertou um diagnóstico difícil numa escocesa, após examiná-la por oito horas seguidas. "Ela falava um inglês ainda pior do que o meu", lembra divertida.

Adriane está rica mas não confia em ninguém, salvo na mãe. Nem nos amigos. Vejam: "Eu não posso sair confiando nas pessoas. Não tenho motorista, nem segurança, por isso mesmo. É mais gente para te trair. Eu confio mais nos bichos do que nas pessoas. Ainda existem pessoas que acham que eu tenho amnésia. Muitas das que convivem comigo hoje já me viraram a cara quando estava por baixo. Mas você pensa que eu as trato mal? Trato com a maior naturalidade. Porque elas podem até me usar, mas eu vou usá-las também. É uma troca."

De Londres, Rosa Célia ia direto para Houston, nos Estados Unidos. Fora escolhida para a Meca da cardiologia mundial. Futuro brilhante a aguardava. Uma gravidez inesperada atrapalhou o sonho. Pediu 24 horas para pensar e optou pelo filho, voltando ao Rio. Reassumiu seu cargo no Hospital da Lagoa e abriu consultório, mas todos os anos viaja para estudar. Passa pelo menos um mês no Children's Hospital em Boston, trabalhando 12 horas por dia.

"Você gosta de dinheiro (Adriane)?" "Adoro dinheiro e detesto hipocrisia. Gasto, gosto de gastar, gosto de não fazer conta, de viajar de primeira classe. Tem gente que fala: esse dinheiro que ganhei eu vou doar... O meu eu não dôo não. O meu eu dôo é para a minha conta. Eu adoro fazer o bem, mas também tenho minhas prioridades: minha casa, minha família. Primeiro vou ajudar quem está mais próximo. Mas faço minhas campanhas beneficentes."

Rosa chefia um centro sofisticadíssimo, a cardiologia pediátrica do Pró-Cardíaco. Lá são tratados casos limite, histórias tristes. O hospital é privado e caríssimo, mas ela achou um jeito de operar ali crianças sem posses. Criou uma ONG, passa o chapéu, fala com amigos, empresários. O Projeto Pró-Criança já atendeu mais de 500, e 120 foram operadas. "Sonhei a vida inteira e fiz. Não importou ser pobre, mulher, baixinha e alagoana. Eu fiz."

Voltemos a Adriane e esbarraremos, brutalmente, na frustração: "Já tive vontade de viajar e não podia. Queria ter carro e não tinha. Eu queria ter feito faculdade e não tive dinheiro. Não que eu sinta falta de livros, porque livro a gente compra na esquina, e conhecimento a gente adquire na vida. Eu sinto falta de contar para os amigos essas histórias que todo o mundo tem, do tempo da faculdade".

Duas vidas, dois perfis fora da normalidade, matéria-prima dos órgãos de imprensa. Mas qual é o mais valorizado pela mídia hoje em dia? É fácil constatar e chegar à conclusão de que há algo muito errado com a nossa sociedade. Pode ser até que o leitor tenha interesse mórbido em saber o que as louras e morenas burras ou muito espertas andem fazendo, mas a mídia não deve limitar-se a refletir e a conformar-se com a mediocridade, o vazio, o oportunismo e a falta de ética.

Os órgãos de imprensa devem ter um papel transformador na sociedade e, nesse sentido, estaríamos melhor servi dos se houvesse mais Rosa Célias nos jornais, nas revistas e TVs que nos cercam. Voltando ao Castelo de Caras, as belas Adrianes, Narcisas, Lucianas, Suzanas ou Carlas, certamente encontrarão lá um espelho mágico... Se for mesmo mágico dirá que Rosa Célia é mais bela do que todas vocês.
Beradêro

(Chico César)

Os olhos tristes da fita
Rodando no gravador
Uma moça cosendo roupa
Com a linha do equador
E a voz da santa dizendo:
O que é que eu tô fazendo
Cá em cima desse andor

A tinta pinta o asfalto
Enfeita a alma motorista
É cor na cor da cidade
Batom no lábio nortista
O olhar vê tons tão sudestes
E o beijo que vós me nordestes
Arranha-céu na boca paulista

Cadeiras elétricas da baiana
Sentença que o turista cheire
E os sem amor, os sem teto
Os sem paixão, sem alqueire
No peito dos sem peito uma seta
E a cigana analfabeta
Lendo a mão de Paulo Freire

A correnteza do triste
Tristezura do contente
Vozes de faca cortando
Como o riso da serpente
São sons de sim, não contudo
Pé quebrado, verso mudo
Grito no hospital da gente
O que aconteceria se...
50% da população brasileira seguisse a Bíblia, pode ter certeza que voltaríamos à barbárie. Felizmente ninguém, mas ninguém mesmo, consegue ser um cristão autêntico. Se conseguisse, odiaria a própria família (Lc 14:26; Mt 10:34-37), espancaria os filhos com uma vara, para livrar suas almas do inferno (Pv 23:13-14); envenenaria a esposa, se apenas desconfiasse que ela o traía (Nm 5:11-31), apedrejaria até a morte filho, esposa, irmão ou amigo que adorasse outros deuses (Dt 13:6-10), como também todos aqueles que trabalhassem no Sábado (Nm 15:32-36).

O verdadeiro cristão tem a obrigação de aplaudir um deus de infinita misericórdia que foi capaz de afogar toda a população do planeta - inclusive mulheres grávidas, fetos, bebês recém-nascidos, crianças, animais e plantas (Gn 7:17-24). Também tem que amar, acima de todas as coisas, aquele que deu existência à criatura mais perversa e poderosa de que se tem notícia - Satã - cuja única missão é lançar na perdição zilhões de almas destinadas ao sofrimento eterno. E, como se tudo isso não bastasse, ainda é obrigado a apoiar a discriminação à mulher (1Tm 2:11-14; 1Co 11:3-10), a poligamia (Gn 29:23-35; Gn 30:1-13) e a escravidão (1Tm 6:1-2; Lc 12:42-48).

Veja mais
Fulia e Fuleragem
Bebe Negão

É isso aí meu bom! Acorda pra tomar gagau! Lasca!
Hoje não tem rococó nem dança de rato! Oh muleque, to cumendo água, viu! Hummm! To não! Porquê! Vamu Zé!

Hoje eu acordei... Pá bebê! (Bebe Negão!)
Hoje eu acordei... Pá biritá, ô meu Deus! (Birita Negão!)
Hoje eu acordei... Pá cume água! (Come Negão!)
Hoje eu acordei... Pá mamá, ô meu bem! Lasca! (Mama Negão!)

Eu vô bebê pá esquecê meus pobremá! (Bebe Negão!)
Eu vô bebê pá esquecê minhas divida! (Bebe Negão!)
Eu vô bebê pá esquecê minhas angustria... Oi! (Bebe Negão!)
Eu vô bebê pois eu quero alegria, ô meu Deus!
Ô meu Deus! (Bebe Negããããão!)
Ô meu Pai! (Bebe Negããããão!) (Olha aqui!)

Euva-doce, Milume, Pitu e Rainha! ô meu Deus! (Bebe Negão!)
51 e caninha da roça, meu Deus! Ô como é bão! (Bebe Negão!)
Natu Nobi, Campari, Ceuveja e Vodka! Vô pará pá quê! (Bebe Negão!)
Qué pá acalma um bom coração sofredor (Bebe Negão!)

Eu vô bebê pá esquecê meus pobremá, oiiii! (Bebe Negão!)
Eu vô bebê pá esquecê minhas angustria... ô meu Deus! (Bebe Negão!)
Eu vô bebê pá esquecê minhas divida! Ô meu Pááii!(Bebe Negão!)
Esquecê o SERASA e SPC, ô meu bem! (Bebe Negããããão!)
Ô meu Deus! (Bebe Negããããão!)
(Esse solo... Vai pu gerente do meu banco!)
(solo)
Vai divagá, vai divagá...Pule cum os dois pé, cum os dois pé! Hum!
(Vai miserável! Corta meu cheque, miséria!)
Amanhã de manhã eu acordo cedinhu, olha...
Cuidado cum dotô Merengue miséria!
Só um sonrisal pra rebater...
Só um sonrisal pra rebater...
Só um sonrisal pra rebater...
Só um sonrisal pra rebater...

Eu vô bebê pá esquecê meus pobremá! (Bebe Negão!)
Eu vô bebê pá esquecê minhas divida! Ô meu Deus! (Bebe Negão!)
Eu vô bebê pá esquecê meus comprexos!Ô meu Pai! (Bebe Negão!)
A crise monetária internacional! Ô meu bem! (Bebe Negão!)
E pá concruí a batida da lage! Ô meu Deus! (Bebe Negããããão!)
Esquecê os marmanjo que quere azará minha mulé! (Eu fico na zorra!) (Bebe Negão!)
Pá que minha vizinha me tenha respeito! (Ô mulé ruim!) (Bebe Negão!)
Ô meu Deus! (Bebe Negããããão!)
Ô meu Pai!

25.9.04

Hierarquia dos Bebuns
Um dos maiores erros cometidos pelos leigos em assuntos etílicos é posicionar inadequadamente o cidadão alcoolizado na hierarquia bebunística. Por desconhecerem que há critérios técnicos regulamentados pelo Incopo, costumam chamar, às vezes, um simples biriteiro de pau-d'água ou um pinguço de pé-de-cana. Quanta ignorância! Bebum, pinguço e biriteiro são apenas "estágios" ou "posições hierárquicas" alcançadas de forma meritória com muito denodo e competência. Tomar um porre todo mundo toma, porém, ter status etílico, é outra coisa. De "bêbado" a "papudinho"

1 - Bêbado - É a patente mais insignificante da escala, mesmo porque não chega a ser um profissional. A coisa aí é definida pelo verbo de ligação; normalmente o sujeito está bêbado, não é bêbado. É como os ministros. Eles não são ministros, estão ministros, o que também não impede que o ministro seja ou esteja bêbado. É o pé-de-chinelo da escala.O bêbado, não o ministro, é claro!

2 - Biriteiro - É o cara que, depois de alguns porres, acaba se interessando ela carreira e começa a praticar a bebunagem com regularidade. omo o fígado ainda está tinindo e a família achando que aquilo é só uma "fase passageira", ele vai metendo os cornos devararinho. Toma três hoje, duas amanhã, pára no domingo, recomeça na terça, vomitana quinta, tomaboldo na sexta, e vai indo... Como ainda não tem certo domínio sobre o álcool, acaba fazendo merda.E depois da primeira, é uma atrás da outra, para alegria dos cunhados canalhas.

3 - Bebum - É uma patente acima do biriteiro. Mais constante e mais previsível, quanto às cagadas que costuma aprontar, o bebum é aquele cara que vive pagando mico, para a vergonha da esposa e felicidade da sogra. Pode ser "sistemático". Faz merda todo dia, ou "assistemárico" não faz mais merda; já tem o suficiente em estoque.

4 - Pinguço - O que faz com que um bebum seja elevado à categoria de pinguço é o horário em que passa a adentrar no recinto cachacístico. O bebum é um notívago por excelência, quer dizer, só costuma molhar o chifre à noite, enquanto o pinguço é um "tardívago"; começa na hora que seria do almoço. Seria, mas não é. Almoço, para pinguço, é perda de tempo. Só pode ter sido invenção de crente.

5 - Pau-d'água - É o pinguço que já perdeu o respeito da vizinhança. Embora seja uma patente alcoólica de grande carisma, a expressão "pau-d'água" é usada por muitos abstêmios como adjetivo pejorativo.E isso é sacanagem.Se o pau-d'água fosse da família deles seria "vítima do alcoolismo", agora, como não é... É o mesmo preconceito que muita gente tem contra a viadagem; se é da nossa família é "homossexual",mas se for da família do vizinho é "viado","bichona sem-vergonha".

6 - Pé-de-cana - É o pau-d'água pobre. O cara rico, de porre, é extravagante; o pobre, é impertinente.Se é rico fica eufórico; se é pobre faz vergonha.Rico fica alegre; pobre enche o saco. Rico agita a madrugada; pobre enche os culhões. Não tem como escapar! Só enchendo os cornos para esquecer este preconceito...

7 - Papudinho - É a maior patente da escala, o último e derradeiro degrau. É quando a cara incha de vez, os olhos empapuçam, passo fica curto, os pés engordam, as mãos vacilam, a voz se arrasta e até o anjo da guarda dá no pé. Geralmente é um solitário. Bebe sozinho, cai sozinho, mija nas calças sozinho, e fica babando no sereno até que uma alma caridosa, normalmente um outro papudinho - se ofereça para ajudar. Ocorre que, muitas vezes, o outro papudinho está ainda mais mamado e acaba caindo também. Aí, para levantar dois papudinhos são necessários outros dois papudinhos, e que quase sempre não aparecem já que estão caídos mais adiante. Daí então, só de revolta, resolvem forma mais uma dupla sertaneja só para torrar vez com o saco dos brasileiros. Além destas sete patentes, há algumas outras posições intermediárias como sub-bebuns,terceiros, segundos e primeiros pinguços, biriteiros de corveta, etc, mas que são estritamente corporativas e servem tão-somente para efeito de promoção. Figuras como o "Ébrio", por sua vez, não são mais reconhecidas como patente. O ébrio, pra quem não sabe, é o bebum em desuso. Ainda há alguns poucos remanescentes no mercado mas que a família prende em casa para evitar que façam merda na rua. Os poucos que ainda existem funcionam à válvula, já perderam o contraste e têm sérios problemas com o vertical. E aí, vamos tomar quantas?

Horóscopo do dia
(Falcão)
A lua transita seu setor de valores pessoais, tornando você uma bolsa de ações em baixa. A putaria me viu crescer, e eu espero que os homens esperem as mulheres na sala de espera. No fundo você deseja muito.

23.9.04

O QUE É O SEXO, AFINAL?


Segundo o médico é uma doença,
Porque sempre termina na cama.

Segundo o advogado é uma injustiça,
Porque sempre há um que fica por baixo.

Segundo o engenheiro é uma máquina perfeita,
Porque é a única em que se trabalha deitado.

Segundo o arquiteto é um erro de projeto,
Porque a área de lazer fica muito próxima a área de saneamento

Segundo o político é um ato de democracia perfeito,
Porque todos gozam independente da posição.

Segundo o economista é um desajuste,
Porque entra mais do que sai.
As vezes, nem se sabe o que é ativo ou passivo.

Segundo o contador, é um exercício perfeito,
Põe-se o bruto, faz-se o balanço, na maioria dos casos ainda gera dividendos.

Segundo o matemático é uma perfeita equação,
Porque a mulher coloca entre parênteses, eleva o membro a sua máxima potência e lhe extrai o produto, reduzindo-o a sua mínima expressão.

Segundo o biólogo, é um crime contra a natureza,
Pois no ato realizado, os parceiros afogam o ganso.

Segundo o psicólogo, é foda de explicar.

21.9.04

Perguntar não ofende, então...

Adão e Eva tinham umbigos?
Mulher Invisível
A mulher invisível do novo filme do Quarteto Fantástico
Horóscopo do dia:
A lua configura um aspecto delicado com Netuno. Hoje, você seria capaz de comprovar que as chances de um casal são maiores que a de alguém sozinho?
Cuidado para não se ferir. (Astrólogo Falcão)
Dicionário de Quandos

Para evitar que estrangeiros fiquem pegando injustamente no nosso pé porque prometemos e não cumprimos, está sendo compilado o Dicionário Brasileiro de Quandos (que já deveria estar pronto, mas atrasou...), do qual foram extraídos os trechos a seguir:

DEPENDE - envolve a conjunção de várias incógnitas, todas desfavoráveis. Em situações anormais, pode até significar "sim", embora até hoje tal fenômeno só tenha sido registrado em testes teóricos de laborátorio. O mais comum é que signifique diversos pretextos para dizer "não".

JÁ-JÁ - aos incautos, pode dar impressão de ser duas vezes mais rápido que "já". Ledo engano, é muito mais lento. "Faço já" significa "Passou a ser minha primeira prioridade", enquanto "Faço já-já" que dizer apenas "Assim que eu terminar de ler meu jornal, prometo que vou pensar a respeito". "Pode ser substituído por "daqui 10 minutinhos"

LOGO - "logo" é bem mais tempo que "dentro em breve" e muito mais que "daqui a pouco". É tão indeterminado que pode até levar séculos. "Logo chegaremos a outras galáxias". É preciso também tomar cuidado com a frase "mas logo eu?", que quer dizer "tô fora".

MÊS QUE VEM - parece coisa do primeiro grau, mas ainda tem estrangeiro que não entendeu. Existem só três tipos de meses: aquele em que estamos agora, os que já passaram e os que ainda estão por vir. Portanto, todos os meses, do próximo até o Apocalipse, são meses "que vem"!!!

NO MÁXIMO - essa é fácil: quer dizer "no mínimo". Exemplo: "entrego em meia hora, no máximo". Significa que a única certeza é de que a coisa não será entregue antes de meia hora.

PODE DEIXAR - traduz-se como "nunca".

POR VOLTA - similar a "no máximo". É uma medida de tempo dilatada, em que o limite inferior é claro, mas o superior é totalmente indefinido. "Por volta das 5 horas" que dizer "a partir das 5 horas".

SEM FALTA - é uma expressão que só se usa depois do terceiro atraso. Porque, depois do primeiro, deve-se dizer: "fique tranquilo, que amanhã eu entrego". E depois do segundo: "relaxa, amanhã estará em sua mesa". Só aí é que vem o "amanhã, sem falta".

UM MINUTINHO - é um período de tempo incerto e não sabido, que nada tem a ver com o intervalo de 60 segundos e raramente dura menos que cinco minutos.

VEJA BEM - é o day after do "depende". Significa "viu como pressionar não adianta?".É utilizado da seguinte maneira: "mas você prometeu o trabalho para hoje?". Resposta: "veja bem...".XIIII... - se dito neste tom, após a frase: "não vou mais tolerar atrasos, O.K.?". Exprime dó e piedade por tamanha ignorância sobre a nossa cultura.

ZÁS-TRÁS - palavra em moda até uns 30 anos atrás e que significava "ligeireza no cumprimento de uma tarefa, com total eficiência e sem nenhuma desculpa".Por isso mesmo, caiu em desuso e foi abolida do dicionário."

Millor Fernandes

16.9.04

Lends Picantis In Ânus Autrem Q'sucus Est

Composição: (Falcão)
Mulher de amigo meu pra mim é ótimo!,
falou-me o vizinho em minha cabeceira.
Como se não bastasse o esforço do Governo,
tentando me lascar e ver minha caveira,
como se fosse pouco as pragas que sua mãe me joga,
como se fosse confortável uma hemorróida...

My love, my life é muito good (bis)

A mão que joga pedra é a mesma que apedreja
talvez escreva um dia o Paulo Coelho
Como se fosse pouco a AIDS e o refrigerante,
a gripe, a tuberculose e a água no joelho,
como se fosse muito bom o Imposto de Renda
o chato, a gonorréia e o Ministério da Fazenda...

My love, my life é muito good (bis)

8.9.04

Carta aberta aos jornalistas

Meu nome é Leonardo Freitas. Brasileiro, arquiteto, servidor público. Sem filiação político-partidária. Como mais um dos bombardeados pelo lixo diário que os órgãos de imprensa vomitam em cima do cidadão, e ninguém mais além disso, venho me manifestar sobre a "polêmica" fabricada em cima do projeto do Conselho Federal de Jornalismo, aliás, tão artificial quanto a maioria das "polêmicas" criadas pela mídia para afastar a atenção da sociedade dos fatos realmente importantes.

Tomei conhecimento do assunto por meio dos órgãos de imprensa, que aproveitavam o episódio para comparar o atual presidente aos presidentes militares, dentre outros exemplos de imparcialidade jornalística. Estranhamente, nada as reportagens falavam do projeto em si. Nenhuma novidade, é uma técnica jornalística clássica de formar opinião sem informar ninguém. No caso, porém, resolvi investigar.

Um dos primeiros fatos que descobri é que o projeto em pauta não é de autoria do governo, mas sim da Federação Nacional dos Jornalistas, criado pela tal após anos de debate sobre o assunto. Pensei logo: "hum, foram jornalistas que redigiram o projeto, então o texto deve estar ruim mesmo. Vai ver o problema é esse". A despeito dos éticos jornalistas estarem atacando o governo por causa de um projeto de autoria da FNJ, pelo Executivo apenas encaminhado ao Congresso, consideraria válida a polêmica caso o projeto de lei contivesse, realmente, os tais artigos "autoritários". Então busquei o texto do projeto em si, que achei no site da ABI, e dei particular atenção à leitura dos artigos mais criticados. Comecei pelo Art. 1º, §1º:

"§1º - O CFJ e os CRJ têm como atribuição orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de jornalista e da atividade de jornalismo, zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem assim pugnar pelo direito à livre informação plural e pelo aperfeiçoamento do jornalismo."

Não vi nada de errado nessa redação. Todas as profissões dignas de assim serem chamadas são reguladas dessa forma, em geral por seus Conselhos, Ordens ou coisa que o valha. Se um advogado apronta, responde perante a OAB. Se eu projeto uma casa fora das normas, ou uma laje cai na moringa de um usuário do edifício de minha responsabilidade, eu respondo perante o CREA. Nada mais justo que, se um jornalista escrever uma notícia mentirosa, falsa ou difamatória, ele responda por isso perante seu Conselho. Toda profissão é assim, aliás, a vida em geral é e tem que ser assim: cada qual deve ser responsabilizado por suas próprias trapalhadas e canalhices, e assumir as conseqüências delas. Tentar fugir disso, além de ser um comportamento infantil, só pode ser típico de profissionais de má-fé, que buscam com a profissão tudo, menos cumprir sua missão e informar o público.

Talvez o problema seja, então, a exigência de observância dos princípios de ética e disciplina na profissão. Entre pessoas com um pouco mais de informação, é comum se ouvir sonoras risadas ao se compor uma única frase que associe a palavra "ética" com "jornalistas" ou "imprensa". Não duvido que seja também assim entre os próprios profissionais, se é que merecem ser assim chamados aqueles que temem a regulamentação profissional, único fator capaz de definir uma profissão como tal. Os "jornalistas" também não gostaram do Art. 3º, inciso IV, que define uma das atribuições do futuro Conselho:

IV - exercer a fiscalização do exercício da profissão de jornalista e da atividade de jornalismo;

Não querem ser fiscalizados, coitados. Qualquer fiscal do CREA pode fiscalizar o trabalho de um engenheiro, isso é considerado sintoma de uma sociedade minimamente evoluída. Os olimpianos jornalistas, por sua vez, querem estar acima disso, querem se sentir como semideuses da redação, falando o que quiser, de qualquer um, de qualquer situação, e não responderem por eventuais calúnias e abusos em foro profissional. E um outro protesto coligado a estes me fez entender a afirmação do presidente, e fazer coro com o barbudo ao chamar os jornalistas de "covardes!". Vejam só o dispositivo que eles querem vetar, no Art. 2º, §XV:

"XV - fixar normas sobre a obrigatoriedade de indicação do jornalista responsável por material de conteúdo jornalístico publicado ou veiculado em qualquer meio de comunicação;"

Não bastasse tudo, ainda essa! Os covardes não querem sequer assumir o que escrevem! Querem a proteção do anonimato, quem sabe, para não serem reconhecidos na rua como os picaretas que são. Ou quem sabe, não querem ouvir dos filhos adolescentes em casa: "por que você fala tanta mentira no jornal, pai?". A desculpa dos covardes é o medo de represálias pelo conteúdo das reportagens. Nessa lógica, porém, nenhum juiz mais assinaria uma sentença, um promotor um parecer, um delegado um inquérito. Eu não mais precisaria assinar nada do que fizesse, e se algo desse errado, que seja!

Pois é essa a lógica que impera na imprensa, e que querem que continue a imperar. A confusão entre a liberdade de imprensa e algum suposto direito à mentira; entre o dever de informar o público e a manipulação da opinião pública; entre o direito a uma linha editorial e a ausência de um marco regulatório. Embora eu não acredite que a criação do CNJ nos moldes propostos vá ser capaz de acabar com a imprensa marrom, acredito que regulamentar o exercício das profissões, não só do jornalismo, seja sintoma de uma sociedade minimamente civilizada. E mais, o estabelecimento de punições para os jornalistas que exerçam sua profissão de forma irresponsável não atenta contra a liberdade de imprensa, e da mesma forma são, justamente, estabelecidas tais punições para picaretas de todas as outras profissões.
DICIONÁRIO DE IDÉIAS IMEDIATAS

CARTEIRO - Esse sim tem uma mensagem!
CHARME - Isso que se diz que as criaturas têm quando não têm nenhuma outra qualidade visível.
CIVILIZAÇÃO - Consiste em inventar tantos processos de locomoção que, afinal, ninguém pode andar.
CORRUPÇÃO - Sentimento que os corruptos não conhecem.
DELINQÜÊNCIA JUVENIL - Cura-se com o passar dos anos.
A juvenilidade, digo.
DISSE-ME-DISSE - A verdadeira imprensa falada.
ESPIRITISMO - Requer presença de espírito.
PASSADO - É o futuro, usado.
PERFUME - A verdadeira arte abstrata.
PÉROLA - A doença mais cara do mundo.
PSICANALISTA - Aquele ali, cheio de preconceitos psicanalíticos.
Millor

4.9.04

Uma questão de significados
A ONU resolveu fazer uma pesquisa mundial. A pergunta era: "Por favor,diga honestamente a sua opinião sobre a escassez de alimentos no restodo mundo". O resultado foi desastroso. Um total fracasso.

- Os europeus não entenderam o que era "escassez";
- Os africanos não sabiam o que era "alimento";
- Os norte-americanos perguntaram o significado de "resto do mundo";
- Os argentinos não sabiam o significado de "por favor"
- Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião";
- O congresso brasileiro ainda está debatendo o que significa "honestamente".

1.9.04

Numa feira de informática (COMDEX), Bill Gates comparou a indústria de computadores com a automobilística e declarou:

"Se a GM tivesse evoluído tecnologicamente tanto quanto a indústria de computadores evoluiu, estaríamos todos dirigindo carros que custariam 25 dólares e que fariam 1000 milhas por galão (algo como 420 km/l)".

Recentemente, a General Motors divulgou os seguintes comentários a respeito desta declaração:

SE A MICROSOFT FABRICASSE CARROS:
a) Toda vez que repintassem as faixas das estradas, você teria que comprar um carro novo;
b) Ocasionalmente, seu carro morreria na auto-estrada sem nenhuma razão aparente e você teria apenas que aceitar isso, religá-lo e seguir em frente;
c) Ocasionalmente, a execução de uma manobra faria com que seu carro falhasse e parasse, e você teria que reinstalar o motor. Por alguma estranha razão, você aceitaria isso também;
d) Você poderia levar apenas uma pessoa dentro do carro de cada vez, a menos que você comprasse o "Carro 98" ou o "Carro NT". Mas depois, você ainda teria que comprar mais assentos;
e) A Apple/Macintosh faria um carro movido a energia solar, confiável, cinco vezes mais rápido e duas vezes mais fácil de dirigir. Só que ele poderia rodar em apenas 5 por cento das estradas;
f) Os proprietários de carros Macintosh poderiam conseguir caríssimos "upgrades" para carros Microsoft, o que faria seus carros rodar muito mais lentamente;
g) Os indicadores luminosos de falta de óleo, gasolina, bateria e problemas com arrefecimento seriam substituídos por um simples "Falha geral no carro";
h) Os novos assentos obrigariam todos a ter o mesmo tamanho de nádegas;
i) O "airbag" perguntaria "tem certeza?" antes de entrar em ação;
j) No meio de uma descida pronunciada, quando você estivesse com o ar-condicionado, o rádio e as luzes ligados ao mesmo tempo, ao pisar no freio apareceria uma mensagem do tipo "este automóvel realizou uma operação ilegal e será desligado";
k) Se desligasse o seu carro "Windows98", utilizando a chave, sem antes ter desligado o rádio ou o pisca-alerta, quando fosse ligá-lo novamente, ele iria checar todas as funções do carro durante meia hora, e ainda lhe daria uma bronca por não tê-lo desligado corretamente.