15.9.07

A Chegada de Lampião no Inferno

Autor: José Pachêco

Um cabra de Lampião
Por nome Pilão Deitado
Que morreu numa trincheira
Em certo tempo passado
Agora pelo sertão
Anda correndo visão
Fazendo mal-assombrado

E foi quem trouxe a notícia
Que viu Lampião chegar
O Inferno nesse dia
Faltou pouco pra virar
Incendiou-se o mercado
Morreu tanto cão queimado
Que faz pena até contar

Morreu a mãe de Canguinha
O pai de Forrobodó
Três netos de Parafuso
Um cão chamado Cotó
Escapuliu Boca Ensossa
E uma moleca moça
Quase queimava o "totó”

Morreram 100 negros velhos
Que não trabalhavam mais
Um cão chamado Trás-cá
Vira-volta e Capataz
Tromba Suja e Bigodeira
Um cão chamado Goteira
Cunhado de Satanás.

Vamos tratar da chegada
Quando Lampião bateu
Um moleque ainda moço
No portão apareceu
- Quem é você, cavalheiro?
- Moleque eu sou cangaceiro!
Lampião lhe respondeu.

- Moleque não, sou vigia!
E não sou seu "pariceiro"
E você aqui não entrar
Sem dizer quem é primeiro...
- Moleque, abra o portão
Saiba que eu sou Lampião
Assombro do mundo inteiro!

Então, esse tal vigia
Que trabalha no portão
Dá pisa que voa cinza
Não procura distinção
O negro escreveu não leu
A macaíba comeu
Lá não se o usa perdão.

O vigia disse assim:
Fique fora que eu entro
Vou conversar com o chefe
No gabinete do centro
Por certo ele não lhe quer
Mas conforme o que disser
Eu levo o senhor pra dentro.

Lampião disse: - Vá logo,
Quem conversa perde hora
Vá depressa e volte já
Eu quero pouca demora
Se não me derem ingresso
Eu viro tudo "asavesso"
Toco fogo e vou embora.

O vigia foi e disse
A Satanás, no salão:
- Saiba vossa senhoria
Que aí chegou Lampião,
Dizendo que quer entrar
E eu vim lhe perguntar
Se dou ingresso ou não?

- Não senhor, Satanás disse,
Vá dizer que vá embora
Só me chega gente ruim?
Eu ando muito caipora
Estou até com vontade
De botar mais da metade
Dos que têm aqui pra fora!

- Lampião é um bandido
Ladrão da honestidade
Só vem desmoralizar
A minha propriedade
Mesmo eu não vou procurar
Sarna para me coçar
Sem haver necessidade.

Disse o vigia: - Patrão
A coisa vai arruinar
Eu sei que ele se dana
Quando não puder entrar
Satanás disse: - Isso é nada,
Convide aí a negrada
E leve o que precisar.

- Leve três dúzias de negros
Entre homem e mulher
Vá na loja de ferragem
Tire as armas que quiser
É bom escrever também
Pra virem os negros que têm
Mais compadre Lúcifer.

E reuniu-se a negrada
Primeiro chegou Fuxico
Com um bacamarte velho
Gritando por Cão de Bico
Que trouxesse o pau da prensa
E fosse chamar Tangença
Na casa de Maçarico.

E depois chegou Cambota
Endireitando o boné
Formigueiro, Trupe-Zupe
E o crioulo Quelé
Chegou Banzeiro e Pacaia
Rabisca e Cordão de Saia
E foram chamar Bazé.

Veio uma diaba moça
Com uma calçola de meia
Puxou a vara da cerca
Dizendo: - A coisa está feia
Hoje o negócio se dana,
E disse: - Eita, baiana
Agora a ripa vadeia.

E lá vai a tropa armada
Em direção do terreiro
Pistola, faca e facão
Cravinote e granadeiro
E um negro também vinha
Com a trempe da cozinha
E o pau de bater tempero.

Quando Lampião deu fé
Da tropa negra encostada
Disse: - Só na Abissínia
Oh! Tropa preta danada
O chefe do batalhão
Gritou: - As armas não mão
Toca-lhe fogo, negrada!

Nessa hora ouviu-se tiros
Que só pipoca no caco
Lampião pulava tanto
Que parecia um macaco
Tinha um negro nesse meio
Que durante o tiroteio
Brigou tomando tabaco.

Acabou-se o tiroteio
Por falta de munição
Mas o cacete batia
Negro embolava no chão
Pau e pedra que pegavam
Era o que as mãos achavam
Sacudiam em Lampião.

- Chega, traga um armamento!
Assim gritava o vigia,
Trás a pá de mexer doce
Lasca os ganchos de Caria
Trás os birros de Macau
Corre, vai buscar um pau
Na cerca da padaria!

Lúcifer mais Satanás
Vieram olhar do terraço
Tudo contra Lampião
De cacete, faca e braço
E o comandante no grito
Dizia: - Briga bonito,
Negrada, chega-lhe o aço!

Lampião pôde pegar
Na caveira de um boi
Sacudiu na testa dum
Ele só fez dizer: - Oi!
Ainda correu 10 braças
E caiu enchendo as calças
Mas eu não sei de que foi.

Estava a luta travada
Mais de uma hora fazia
A poeira cobria tudo
Negro embolava e gemia
Porém Lampião ferido
Ainda não tinha sido
Devido a sua energia.

Lampião pegou um checho
E o rebolou num cão
A pedrada arrebentou
A vidraça do oitão
Saiu um fogo azulado
Incendiou-se o mercado
E o armazém de algodão.

Satanás com esse incêndio
Tocou num búzio chamando
Correram todos os negros
(Os que estavam brigando)
Lampião pegou a olhar
Não viu mais com quem brigar
Também foi se retirando.

Houve grande prejuízo
No inferno, nesse dia
Queimou-se todo o dinheiro
Que Satanás possuía
Queimou-se o livro dos pontos
Perderam seiscentos contos
Somente em mercadoria.

Reclamava Satanás:
- Horror maior não precisa
Os anos ruins de safra
E agora mais essa pisa
Se não houver bom inverno
Tão cedo aqui no Inferno
Ninguém compra uma camisa.

Leitores vou terminar
Tratando de Lampião
Muito embora que não possa
Vos dar a resolução
No inferno não ficou
No céu também não chegou
Por certo está no sertão.

Quem duvidar dessa estória
Pensar que não foi assim
Querer zombar do meu sério
Não acreditando em mim
Vá comprar papel moderno
Escreva para o inferno
Mande saber de Caim.

27.8.07

Como os brasileiros reagem ao clima

30ºC ou mais

- Baianos vão a praia, dançam, cantam e comem acarajé.
- Cariocas vão a praia e jogam futevolei.
- Mineiros comem um “queijin” na sombra.
- Todos os paulistas vão para Praia Grande e enfrentam 2 horas de fila nas padarias e supermercados da região.
- Gaúchos esgotam os estoques de protetor solar e isotônicos da cidade.

25ºC

- Baianos não deixam os filhos sairem ao vento após as 17 horas.
- Cariocas vão à praia mas não entram na água.
- Mineiros comem um feijão tropeiro.
- Paulistas fazem churrasco nas suas casas do litoral, poucos ainda entram na água.
- Gaúchos reclamam do calor e não fazem esforço devido esgotamento físico.

20ºC

- Baianos mudam os chuveiros para a posição “Inverno” e ligam o ar quente das casas e veículos.
- Cariocas vestem um moletom.
- Mineiros bebem pinga perto do fogão a lenha.
- Paulistas decidem deixar o litoral, começa o trânsito de volta para casa.
- Gaúchos tomam sol no parque.

15ºC

- Baianos tremem incontrolavelmente de frio.
- Cariocas se reúnem para comer fondue de queijo.
- Mineiros continuam bebendo pinga perto do fogão a lenha.
- Paulistas ainda estão presos nos congestionamentos na volta do litoral.
- Gaúchos dirigem com os vidros abaixados.

10ºC

- Decretado estado de calamidade na Bahia.
- Cariocas usam sobretudo, cuecas de lã, luvas e toucas.
- Mineiros continuam bebendo pinga e colocam mais lenha no fogão.
- Paulistas vão a pizzarias e shopping centers com a família.
- Gaúchos botam uma camisa de manga comprida.

5ºC

- Bahia entra no armagedon.
- César Maia lança a candidatura do Rio para as olimpíadas de inverno.
- Mineiros continuam bebendo pinga e quentão ao lado do fogão a lenha.
- Paulistas lotam hospitais e clínicas devido doenças causadas pela inversão térmica.
- Gaúchos fecham as janelas de casa.

0ºC

- Não existe mais vida na Bahia. Nem animal, nem vegetal, nem mineral.
- No Rio, César Maia veste 7 casacos e lança o “Ixxnoubórdi in Rio”.
- Mineiros entram em coma alcoólico ao lado do fogão a lenha.
- Paulistas não saem de casa e dão altos índices de audiência a Gilberto Barros, Gugu Liberato, Luciana Gimenes e Silvio Santos.
- Gaúchos aproveitam o friozinho gostoso para dar a bunda.

1.5.07

ABC do Preguiçoso

Marido se alevanta e vai armá um mundé
Prá pegá uma paca gorda prá nóis fazê um sarapaté
Aroeira é pau pesado num é minha véia
Cai e machuca meu pé e ai d´eu sodade
Marido se alevanta e vai na casa da sua avó buscá
A ispingarda dela procê caçá um mocó
E que no lajedo tem cobra braba num é minha véia
Me pica e fica pió e ai deu sodade
Entonce marido se alevanta e caçá uma siriema
Nóis come a carne dela e faiz uma bassora das pena
Ai quem dera tá agora num é minha véia
Nos braço de uma roxa morena e ai d´eu sodade
Sujeito te alevanta e vai na venda do venderão
Comprá uma carne gorda prá nois fazê um pirão
É que eu num tenho mais dinheiro num é minha véia
Fiado num compro não e ai d´eu sodade
Entonce marido se alevanta e vai na venda do venderim
Comprá deiz metro de chita prá fazê rôpa pros nossos fiim
Ai dentro tem um colchão véio num é minha véia
Desmancha e faiz umas carça prá mim e ai d´eu sodade
Disgramado se alevanta e deixa de ser preguiçoso
O homi que num trabáia num pode cumê gostoso
É que trabáia é muito bom num é minha véia
Mas é um pouco arriscoso e ai d´eu sodade
Entonce marido se alevanta e vem tomá um mingau
Que é prá criá sustança prá nóis fazê um calamengal
Brincadêra de manhã cedo num é minha véia
Arrisca quebrá o pau e ai d´eu sodade
Marido seu disgraçado tu ai de morrê
Cachorro ai de ti lati e urubu ai de ti cumê
Se eu subesse disso tudo num minha véia
Eu num casava cum ocê e ai deu sodade

7.4.07

Em lembrança à Semana Santa

Como devia ser a mente de alguém que disse: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra: e como gostaria que já estivesse aceso! Devo ser batizado com um batismo, e como estou ansioso até que isso se cumpra! Vocês pensam que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu lhes digo, vim trazer divisão. Pois, daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas, e duas contra três. Ficarão divididos: o pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra.” (Lucas 12:49-53)

9.3.07

Visões de Zé Limeira Sobre o Final do Século XX

Zé Ramalho

Vejo discos de metal
Pairando pelas noites do país
Minhas loucas conclusões nada dizem
Residem nos cabelos de sansão
Ah! Deuses-astronautas me ajudam
A conseguir o meu velo de mercúrio

A imagem milenar
Dos grandes dinossauros que domei
Uma espaçonave é a tua residência
Paciência, mas o éter me chamou
Ah! Sou um panteísta sufocado
Pelas canções do acetato de mercúrio

E os terráqueos conseguiram
Finalmente conquistar
Sua terra mais garrida
Borboletas de acrílico
Puseram suas asas
Num cabide esquisito
Gerou conflito entre as gerações febris

Era um porco chauvinista
Procurado pelo karma
De lançar outro vapor
Cogumelos nucleares
Que iluminam as campinas
Do planeta abissal
No carnaval dos seres brancos e azuis

Foi eleito um faraó
E longas catacumbas perfurei
Pelas plainas do sertão quase quente
Correntes de platina separou
As águas do oceano encantado
Que deus criou
Pelas algas de mercúrio

O meu velo de mercúrio
O acetato de mercúrio
Pelas algas de mercúrio

Agônico – o Canto

Zé Ramalho

Composição: Zé Ramalho

Deixa-me dizer-te o quanto
Eu te quero agora, juro meu amor
Nada me fará temer
Se quando eu te beijo, viro um beija-flor
Todas as palavras ficam
Tão obsoletas quando vou tentar
Algo que contenha a fórmula
Desse desejo louco se queimar
Nossa viagem nunca vai se acabar
Todas mensagens estarão sem afastar
Duas miragens que farão se apagar
Uma imagem num clarão vem acalmar

13.2.07

As semelhanças narrativas encontradas entre Epopéia de Gilgamesh e o Livro do Gênesis iniciam-se logo nos primeiros versículos da bíblia, ou seja, na criação do homem. O povo de Uruk, descontente com a arrogância e luxúria do rei Gilgamesh, exige dos seus deuses a criação de um homem que fosse o reflexo do rei, e tão poderoso quanto ele para que pudesse enfrentá-lo e redimi-lo. O deus Anu, ouvindo o lamento da população, ordenou a Aruru, deusa da criação, que fizesse Enkidu:


“A deusa então concebeu em sua mente uma imagem cuja essência era a mesma de Anu, o deus do firmamento. Ela mergulhou as mãos na água e tomou um pedaço de barro; ela o deixou cair na selva, e assim foi criado o nobre Enkidu”.(SANDARS, 1992, p. 94).


“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”.(GENESIS, cap. 1, ver. 26).


“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”.(GENESIS, cap. 2, ver. 7).


Enkidu foi criado inocente, longe da malícia da civilização, vivendo entre as criaturas selvagens e compartilhando a natureza com elas:


“Ele era inocente a respeito do homem e nada conhecia do cultivo da terra. Enkidu comia grama nas colinas junto com as gazelas e rondava os poços de água com os animais da floresta; junto com os rebanhos de animais de caça, ele se alegrava com a água”.(SANDARS, 1992, p. 94).


“Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra e a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento”. (GENESIS, cap. 1, ver. 29-30).


O rei Gilgamesh, sabendo da existência de Enkidu, incube uma missão a uma das prostitutas sagradas do templo da deusa Ishtar (deusa do amor e da fertilidade): seduzir Enkidu e trazê-lo para dentro das muralhas de Uruk. Enkidu deixou-se seduzir pela rameira e perdeu sua inocência, além de seu poder selvagem, tornando-se conhecedor da malícia do homem. Arrependido, lamenta-se, mas a rameira consola-o enfatizando as vantagens desta nova vida que está por vir:


“Enkidu perdera sua força pois agora tinha o conhecimento dentro de si, e os pensamentos do homem ocupavam seu coração”.(SANDARS, 1992, p. 96).


“Olho para ti e vejo que agora és como um deus. Por que anseias por voltar a correr pelos campos como as feras do mato?” (SANDARS, 1992, p. 99).


“Porque Deus sabe que no dia em que comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” (GENESIS, cap. 2, ver. 5).


Nesta comparação com a tentação no Éden, não identificamos diretamente os fatos, mas sim, as idéias. A prostituta sagrada, condenada também em outros livros da bíblia, pode ser compilada como o fruto proibido, a serpente e a própria Eva, com o poder de seduzir o homem e tirar sua inocência com falsas promessas.

veja a fonte http://www.klepsidra.net/klepsidra23/gilgamesh.htm

24.1.07

Ateu, graças a Deus!

Afirmo que ambos somos ateus. Apenas acredito num deus a menos que você. Quando você entender por que rejeita todos os outros deuses possíveis, entenderá por que rejeito o seu.”
Stephen Henry Roberts (1901-71)

20.1.07

Viva Baal

"Se estudarmos a literatura dos antigos Babilônicos e Sumérios, não mais poderemos acreditar na descrição de religião pagã que tem sido parte da tradição ocidental e ainda pode ser encontrada com freqüência em escritos modernos sobre religião. Ao invés de deuses caprichosos, agindo somente tendo em vista seus próprios desejos, encontramos divindades que se interessam pelo ordenamento organizado do universo e a regulamentação da história. Ao invés de arrogância e crueldade divinas, encontramos deliberação e compreensão. Ao invés de ilegalidade e violência, vemos um desenvolvido sistema de leis e uma longa tradição de jurisprudência reflexiva. Ao invés de atitudes e comportamento imorais, encontramos deliberação moral, especulação filosófica e preces de penitência. Ao invés de ritos orgiásticos selvagens, lemos hinos, procissões, sacrifícios e preces. Ao invés do paganismo gentílico da imaginação ocidental, a literatura cuneiforme nos revela um politeísmo ético que comanda séria atenção e respeito (Introdução, pp. 2 e 3)

Professor Tikva Frymer-Kensky (1992) In the wake of the Goddesses: women, culture and the biblical transformations of Pagan Myth. Fawcet-Columbine, New York.

11.1.07

Soneto II

Abade de Jazente

Piolhos cria o cabelo mais dourado;
branca remela o olho mais vistoso;
pelo nariz do rosto mais formoso
o monco se divisa pendurado:

Pela boca do rosto mais corado
hálito sai, às vezes bem ascoroso;
a mais nevada mão é sempre forçoso
que de sua dona o cu tenha tocado;

Ao pé dele a melhor natura mora,
que deitando no mês podre gordura,
fétido mijo lança a qualquer hora:

Caga o cu mais alvo merda pura:
pois se é isto o que tanto se namora,
em ti mijo, em ti cago, oh formosura!

Por onde ela passa...

Por onde ela passa todo mundo espia
Não para a cara que não é formosa
Mas para a bunda, que é maravilhosa
Em bunda nunca vi tanta magia

Sobre, requebra e rodopia
Numa expressão maravilhosa
Deve ser uma bunda cor de rosa
Da cor do céu quando desponta o dia

E ela sabe que sua bunda é boa
Vai pela rua rebolando à toa
Deixando a multidão maravilhada

Eu a contemplo num silêncio mudo
Embora a cara não valesse nada
Só aquela bunda me valia tudo!

anônimo

5.1.07

...

Quando Jeová resolveu disciplinar o comportamento dos hebreus, marcou encontro com Moisés, no Monte Sinai, para lhe entregar as tábuas da lei. Fato idêntico acontecera muito antes. quando Hamurabi teria recebido das mãos do deus Schamash, a legislação dos babilônios no século XVII a.C.. A mesma foi encontrada em Susa, uma das grandes metrópoles do então poderoso império babilônio, encontrando-se atualmente guardada no Museu do Louvre, em Paris.

...lavo minhas mãos

Graças ao trabalho de notáveis mestre de Filosofia e Teologia da Escola de Tubíngen, na Alemanha, ficou provado que os Evangelhos e mesmo toda a Bíblia, não possuem valor histórico, pondo-se em dúvida consequentemente, tudo quanto a Igreja impôs como verdade sobre Jesus Cristo. Tudo o que consta dos Evangelhos e do Novo Testamento, São apenas arranjos, adaptações e ficções, como o próprio Jesus Cristo o foi.

Através da pesquisa histórica e de exames grafotécnicos ficou evidenciado que os escritos acima referidos são apócrifos. De sorte que não servindo como documentos autênticos devem ser rejeitados pela ciência.

Jean Guitton diz que o problema de Jesus. varia e acordo com o ângulo sob o qual seja examinado: histórico, filosófico ou teológico.

A história exige provas reais, segundo as quais se evidenciem os movimentos da pessoa ou do herói no palco da vida humana, praticando todos os atos a ela concernentes, em todos os seus altos e baixos.

Pierre Couchoud, igualmente citado por Guitton, sendo médico e filósofo, considerou Jesus como tendo sido "a maior existência que já houve, o maior habitante da terra", entretanto. acrescentou: "não existiu no sentido histórico da palavra: não nasceu. não sofreu sob Pôncio Pilatos, sendo tudo uma fabulação mítica"

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