22.12.04

Budismo cotidiano

Na encruzilhada, viu-se diante de três caminhos possíveis. À frente, à direita e à esquerda. Resolveu voltar. Não porque fosse indeciso ou fraco de espírito. É que nos três caminhos havia uma placa de rua sem saída.

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Respirar sem fazer força e de olhos semicerrados. Esse é o caminho para o estágio mais próximo que o homem terreno pode chegar em relação ao nirvana. Mas pode ser também uma soneca que tiramos chacoalhando no busão.

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O caminho da luz é o caminho mais seguro e o bom seguidor sempre o procurará. Azar de quem não o fizer, porque é naquelas vielinhas mais escuras que os manos costumam atacar os vacilões.

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O mantra não é só um cântico elevatório e ele, por si só não levará nenhum seguidor ao estado de limpeza da mente. Mas um bom mantra dá um soninho bom e leva ao sonho.

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Despir-se de todos os bens materiais não é só uma característica dos monges budistas. Qualquer seguidor pode fazer o mesmo. É só dar uma volta com cara de tonto no meio de uma bocada quente em alguma periferia violenta das grandes cidades

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