13.2.06

Soneto

Abade de Jazente

Cagando estava a dama mais formosa,
E nunca se viu cu de tanta alvura;
Mas ver cagar, contudo a formosura
Mete nojo à vontade mais gulosa!

Ela a massa expulsou fedentinosa
Com algum custo, porque estava dura:
Uma carta de amores de alimpadura
Serviu àquela parte mal cheirosa:

Ora mandem à moça mais bonita
Um escrito de amor que, lisonjeiro,
Afetos move, corações incita:

Para o ir servir de reposteiro
À porta onde o fedor e a trampa habita,
Do sombrio palácio do alcatreiro!

2 comentários:

Anônimo disse...

Mininim promovendo cultura. E isso aí! Pesquisei outras composições do Abade e descobri textos incríveis. Valeu! Abraços do Moacyr (BABEL)

Mininim® disse...

Tem esse site com grandes poesias eróticas, vale a pena dar uma olhada.

http://cseabra.utopia.com.br/poesia/

Abraços